Voltam a explodir bombas dentro de Israel e a culpa é do governo israelense

Há vários anos não se explodia um ônibus em Israel. Os palestinos, em uma conjuntura internacional desfavorável e tendo seu povo massacrado, tinham optado por negociações. Os israelenses fizeram todo o possível para estragar as negociações, mas os palestinos insistiram além até do que era digno. Mas Israel é um projeto já fracassado, que não pode viver em paz com os vizinhos porque quer dominá-los, os despreza, os considera inferiores, uma vez que Israel é fruto da crença de parte dos judeus na superioridade judia. Então, Israel, mais uma vez, abandonou o caminho da paz e da convivência, e optou pela guerra total.

Nem é preciso dizer o quanto o comportamento de Israel lembra o comportamento dos alemães que massacraram judeus, e o quanto isso é freudiano... Mas na realidade atual Israel não tem um ditador, é um parlamentarismo, mas não só a maioria absoluta, mas mesmo mais de 70% do eleitorado, vota em partidos religiosos e belicistas. Israel não é um estado laico, tem leis religiosas e é governado por partidos de fanáticos religiosos!

Ora, a saída política para o conflito exigiria a vitória de partidos laicos (não-religiosos) dos dois lados, esmagando os partidos muçulmanos e judeus, na Palestina e em Israel, e fundindo ambos em um só país também laico, ou seja, em que o estado não tem relação com religião, mas com o território. Seria israelense ou palestino, tanto faz o nome, pode até ser outro, quem nascesse dentro daquelas fronteiras. Israel não é assim, qualquer judeu, nascido em qualquer lugar do mundo, falando qualquer língua, se for da religião judia pode ser aceito como cidadão judeu, mas um palestino ou qualquer outro árabe muçulmano ou cristão, nascido dentro de Israel, nem por isso recebe cidadania... Obviamente esse critério é medieval.

Governos de ideologias medievais não podem resolver os problemas atuais. O resultado é a volta do clima de terror do qual os israelenses podiam ter se livrado. Tel Aviv voltou a ser um alvo. O ódio por Israel voltou a crescer entre todos os seus vizinhos. A loucura de Israel é tanta que já não quer obedecer a seus chefes, os EUA, que são na verdade sua única segurança. É possível que Israel não sobreviva ao século XXI. A esperança reside nos comunistas palestinos e israelenses, que no entanto ainda não têm poder para resolver nada.

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